Quando tive a ideia de ter um blog que falasse do ateliê, não era apenas o ateliê, mas a cidade que o acolhe.
Era mostrar São Lourenço pelos meus olhos, mostrar porque me encanto todas as manhãs, porque voltei depois de 10 anos pelo mundo, porque ainda não quero sair.
Tudo muito pessoal.
É como dizer "eu sou assim, e gosto disso por isso".
Além de ser minha origem, canceriana que sou, minha cidade natal.
Da minha janela escuto o barulho, um evento que acontece no espaço municipal da cidade, para este e outros fins, chamado Ilha Antonio Dutra.
Se um dia foi uma ilha, hoje não é mais.
Área de vazante do rio.
Reserva natural.
Fica ao lado de casa.
Sorte e azar. Nos dias tranquilos que são quase todos, vou até lá correr, e é de uma calma ímpar.
Nos domingos sedia a feira livre, onde os produtores rurais da região vendem seus produtos.
Nos dias de festa, não durmo.
Todas as vezes que vou ao centro da cidade, a pé que é como eu gosto, a ilha é meu atalho.
Dia desses encontrei um circo no meu caminho quase diário.
Eu que já sou de natureza lúdica me senti em algum portal do tempo.
Havia neblina.
Lindas cores.